terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Destinação eficiente de resíduos sólidos


A destinação de resíduos sólidos, gerados pelo consumo, é assunto que representa enorme problema para a sociedade. Pasmem! Estudos recentes demonstram que um indivíduo adulto pode gerar em média quase 1 kg de lixo por dia. Imaginem: um ser humano pode dispensar em um ano 360 kgs de resíduos no meio-ambiente. Multiplique isso por 6 bilhões de habitantes. É melhor pararmos por aí! O que fazer com essa quantidade monumental de lixo? É a pergunta que não cala.


Para tanto, é necessário sabermos, de forma objetiva, como funciona a coleta do lixo e quais são os processos a que podem ser submetidos estes resíduos buscando a minimização do seu impacto na natureza.


O lixo é coletado pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depósito. Dependendo da cidade poderá haver alguma seleção - sobras de metal, por exemplo, são separadas e reaproveitadas. O resto do lixo é enterrado em aterros apropriados. Além dos aterros sanitários existem outros processos na destinação do lixo, como, por exemplo, as usinas de compostagem, a incineração e a reciclagem.

Aterro é a disposição ou aterramento do lixo sobre o solo e deve ser diferenciado, tecnicamente, em aterro sanitário, aterro controlado e lixão ou vazadouro.


A compostagem é o processo de reciclagem da matéria orgânica formando um composto que é absorvido naturalmente, de forma mais rápida, pela natureza.


A incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, do volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a conseqüente eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade de transmissão de doenças) através da combustão controlada. A redução de volume é geralmente superior a 90% e em peso, superior a 75%.


A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora.


Quase tudo pode ser reciclado. Tenho até uma sugestão interessante para aquilo que não puder ser reciclado. A criação de uma bolsa de produtos não-recicláveis. Funcionaria como uma bolsa de trocas de produtos. Aquilo que não tem mais utilidade para alguns, pode ter utilidade para outrem. Dê essa sugestão no seu condomínio, comunidade ou no seu trabalho.


Como descartar de forma eficiente:


Carcaças de computadores e ar condicionados: podem ser compradas para desmonte. Em cidades como Curitiba-PR e São Paulo-SP existem empresas que recebem esses materiais para o reaproveitamento ou reciclagem.


Carcaças de veículos: podem ser encaminhadas aos ferros-velhos ou sucateiros.


Móveis: podem ser levados para aterros sanitários ou doados à entidades sociais.

Canos de cobre, ferro e alumínio: podem ser vendidos a sucateiros.

Peças mecânicas e baterias de veículos: peças de metal devem ser encaminhadas aos ferros-velhos ou sucateiros e as baterias de veículos descarregadas enviadas ao revendedor. As resoluções n° 257/99 e 263/99 CONAMA tratam do tema baterias.

Cartuchos de tinta: a destruição e o descarte devem ser feitos pelo serviço de limpeza urbana local. Outra opção é a recarga para reutilização.

Medicamentos com datas vencidas e resíduos hospitalares: podem ser encaminhados aos serviços de saúde. A Resolução n° 5/93 CONAMA que trata do assunto está em fase de revisão para posterior aprovação.

Produtos químicos em geral: podem ser levados para aterros industriais ou destruídos por meio de incineração.


Alimentos estragados: devem ser levados para os aterros sanitários pelo serviço de limpeza urbana local.

Entulhos de construção civil e canos de PVC: a destinação para o descarte desses materiais está em fase de estruturação pelo CONAMA. Entretanto, já existem várias iniciativas para o reaproveitamento destes entulhos.


Divisórias e cortinas: quando verificado a impossibilidade de reaproveitamento, devem ser encaminhadas aos aterros sanitários.


Pilhas e baterias: as pilhas que respeitam o limite de componentes tóxicos estabelecidos pela Resolução do CONAMA n° 257/99, podem ser descartadas no lixo comum. Já as que não respeitam esse limite, devem ser jogadas nos aterros industriais para materiais perigosos.

Postos de coleta e instituições


Cada um isoladamente ou em comunidade pode fazer a sua parte, dando um destino adequado aos recicláveis que foram separados.

Cooperativas e Sucateiros

Estão listados por cidade na seção de Serviços do site www.cempre.org.br
Encaminhar para cooperativas é fazer um bem social e dar um trabalho mais digno aos catadores.

Para implantar um programa de coleta seletiva na sua empresa, condomínio, escola ou comunidade, observe :


Onde armazenar
Quais recicláveis separar
Para onde enviar
Identificar coletores
Treinar o pessoal da limpeza
Comunicar a todos
Estocar separadamente
Doar ou vender
Acompanhar resultados


Em Brasília já utilizei os serviços da Capital Recicláveis que compra materiais recicláveis situada ao SAAN, Quadra 05, Lote 64, tele Coleta: (61) 3031 0201. Mas antes, confira se o material a ser descartado pode ser aceito pela empresa.


Os supermercados WallMart e Pão de Açúcar, podem se uma opção para o seu lixo doméstico. Realizam coleta de material reciclável, inclusive de óleo de cozinha.


O Pátio Brasil Shopping realiza a coleta de lâmpadas fluorescentes aqui em Brasília. Basta procurar a administração do shopping.


A empresa Tetra Pak, por meio do portal Rota da Reciclagem www.rotadareciclagem.com.br, com suporte do Google Maps, aponta cooperativas, pontos de entrega voluntária e comércios ligados à cadeia de reciclagem em todo o Brasil. Vale conferir.

Faça a sua parte!

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