quinta-feira, 12 de junho de 2008

BRASIL, O SUPERMERCADO DO PLANETA


Vaticinar o futuro da economia brasileira sempre foi exercício árduo para alguns economistas, contudo, somos acostumados a tão valoroso oficio.

A democratização do crédito e o conseqüente aumento da renda levaram à migração boa parte da população, considerada de baixa renda, para a classe C, que hoje responde por quase metade do consumo brasileiro.

O céu de brigadeiro que avistamos é realmente impressionante! Sempre relatei aos meus pares que o gigante brasileiro poderia ser o maior pais do mundo pelas características só encontradas aqui. Continuaremos em “berço esplendido” mas não mais “deitados”! A hora de agir é agora.

Nunca antes o momento foi tão propicio à economia brasileira. Os EUA vivem sua maior crise desde a Grande Depressão de 1929 e, sequer, demos alguns espirros até agora, a não ser pelo dragão inflacionário. Resultado da forte política econômica e cambial adotadas desde a implantação do Plano Real.

Acredito que durante os próximos 10 anos, viveremos num pais que será modelo e referência para o mundo. Ofereceremos não apenas as riquezas minerais e a quase interminável biodiversidade daqui, como também produtos manufaturados com tecnologia de primeiro mundo.

E em 2070 quando a população brasileira começar a declinar, incentivaremos a imigração de estrangeiros. Já imaginaram isso? O Brasil incentivando pessoas de outros países a viverem aqui? Pode acontecer. A população jovem de 18 a 30 anos começará a cair. A população de 40 anos em diante será a maioria e o que é melhor, viveremos mais ainda. A expectativa de vida aumentará para mais de 80 anos. Esse é o melhor sinal de uma nação desenvolvida.

Evidentemente que tudo isso somente será possível se mantidas as condições político-econômicas já vitaminadas pelo governo Lula.

Mas algumas coisas ainda têm de melhorar. Imagine que o Brasil ainda deixa de ganhar aproximadamente U$ 7,00 para cada dólar exportado. Ainda vendemos a maioria dos nossos produtos “in natura”. E, o que é pior, depois ainda recompramos bem mais caras, as mercadorias produzidas com nossa matéria-prima por outros países. Por que não vendermos para os outros países produtos já manufaturados aqui mesmo no Brasil? Ao invés de fornecemos toras de madeira-de-lei, móveis trabalhados e acabados, no lugar da laranja e do café em grão, o suco encaixado ou enlatado e o café solúvel. Imaginem quanto emprego e renda geraríamos. Problemas antigos com receitas também antigas, mas com um diferencial: agora podemos atuar de igual para igual com quase todos os países. Possivelmente, de 5 a 10 anos estaremos entre os 3 maiores mercados consumidores do planeta. Podemos nos valer daquela máxima: “o cliente sempre tem a razão”. Seremos um dos maiores clientes do mundo. Como temos grande potencial para comprar (crédito e renda) teremos também para melhorar nossas vendas. Um pais de dimensões continentais com a saúde econômica do Brasil poderia agir de forma mais incisiva nas negociações internacionais. Não podemos mais ceder a qualquer manifestação de desagrado dos outros países. Não me refiro apenas à Ásia, Europa e EUA, mas também aos nossos “hermanos”. Na verdade, o Brasil tem sido um verdadeiro “padre” para alguns paises da América do Sul.

Acredito que dificilmente deixaremos de ser o celeiro do mundo, devido a impressionante capacidade agricultável de nossas terras, mas poderemos ser também o supermercado do planeta.